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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Prazer: O Bem Supremo De Todos Os Seres

Como disse acima o prazer é a sensação ou sentimento agradável e harmonioso que atende a uma inclinação vital. O primeiro pensador que formulou uma tese explicitamente hedonista foi, provavelmente, Eudoxo de Cnido, astrônomo, geógrafo e matemático. Estabeleceu a duração do ano solar em 365 dias e seis horas, formulou a teoria geral das proporções e a teoria cosmológica das esferas homocêntricas. A ele se atribui também a invenção do quadrante solar horizontal. No início do século IV a.C, ele considerava o prazer o bem supremo de todos os seres. Fundada na mesma época por Aristipo de Cirene (filósofo grego, fundou a escola hedonista cirenaica, que defendia a busca do prazer sensorial, entendido como forma serena de satisfação), a escola cirenaica se manifestou de maneira semelhante. Aristipo entendia por prazer uma qualidade positiva, uma forma de satisfação tranqüila regida pelos sentidos. Julgava também o prazer como algo fugaz. Dizia que o homem deve desfrutar do presente, pois só o presente pertence a ele realmente. A escola de Epicuro propunha um prazer moderado, único capaz de evitar a dor. Ele seria aplicável tanto ao momento presente quanto às recordações ou à esperança. O prazer maior, de natureza negativa, seria a ataraxia, a imperturbabilidade absoluta.
Como fundamento do comportamento humano, o prazer esteve sempre presente na história do pensamento. Séculos mais tarde, foi incorporado à filosofia dos empiristas britânicos Thomas Hobbes, John Locke e David Hume, ainda que de forma matizada. O também britânico Jeremy Bentham, criador do hedonismo moderno ou utilitarismo, foi mais radical e pregou "a maior felicidade para o maior número". Mas quase todos os grandes filósofos, como Platão, Aristóteles, Kant e Hegel se opuseram frontalmente às teses hedonistas. Distinguem-se basicamente duas formas de hedonismo (prazer), o ético e o psicológico. Segundo Richard B. Brandt, um dos filósofos modernos que mais se dedicaram ao hedonismo ético, "uma coisa é intrinsecamente desejável (ou indesejável) se e somente se, e na medida que, é prazerosa (ou não prazerosa)". Quanto ao hedonismo psicológico, existem várias doutrinas classificadas de acordo com a determinação temporal do prazer. A teoria do prazer dos fins ou "hedonismo psicológico do futuro" sustenta que o prazer pessoal é o objetivo final de um indivíduo. Bentham, representante desse tipo de hedonismo, afirmou que todo homem se sente inclinado a perseguir a linha de conduta que, acredita, o levará à máxima felicidade. O chamado "hedonismo psicológico do presente", baseado na motivação prazerosa por meio do pensamento, considera que um indivíduo se sente motivado a produzir um determinado estado de coisas se o fato de pensar nelas for prazeroso. O "hedonismo psicológico do passado" defende que a intensidade do interesse de uma pessoa por um tipo de acontecimento é resultado de satisfações passadas.

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